segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

XII Encontro de Escaladores do Nordeste - Algodão de Jandaíra/PB

No feriado de 15 de novembro aconteceu em Algodão de Jandaíra o XII Encontro de Escaladores do Nordeste, reunindo mais de 150 escaladores de todo o nordeste e grande parte do Brasil.

A cidade e suas vias dispensam apresentações, basta dar uma olhada nos posts anteriores sobre Algodão pra entender a qualidade da escalada por lá!

O evento foi de alto nível, com várias atrações bem interessantes além da pedra: A palestra super divertida do Rafael Nishimura, o Sérgio Tartari e o Flávio Daflon falando da sua conquista no Fitz Roy nessa última temporada, além das oficinas e tudo mais.

Minha ideia, além de conhecer as novidades, era batalhar a cadena de uma via que eu abri alguns fins de semana antes: "Melhor que a encomenda", possível 9a. Mas os planos mudaram dias antes, quando arrumei uma tendinite ou seja lá o que for no dedo. O projeto ficou temporariamente de lado mas deu pra aproveitar bastante, além de ver algumas das vias que ajudei a abrir receberem outros escaladores, ajustando os graus e tudo mais!

Em posse do Guia de Escalada de Algodão de Jandaíra, elaborado pelo Wolgrand com uma qualidade incrível, fui fazer o que dava pra mim e meus nove dedos ilesos. Ordem cronológica não existe, pois já faz mais de 15 dias que rolou o evento...kkk

Na Pedra Furada saíram duas pequenas vias no canto direito, pra fechar o setor o/
Depois fomos pro Climatizado, onde entrei nas três novas vias, abertas pelo Sapo após a confecção do guia. Pra registrar, de fora pra dentro são, respectivamente: Só pela Tapioca (VI) - chapeletas; Depois tem a Agora Vai (grampos P) que já está no guia; Sem Élvis (Vsup) - início em móvel, depois chapas; Os Mais Dez (V) - móvel. Deu pra fazer um volume também nas incríveis vias da Pedra da Cabeça, sempre olhando pro projetinho...

 Cão e Gato (7b) - Foto Rodrigo Oliveira

Júlio avistando a 100% Algodão (7c) e eu na Cão e Gato (7b) - Foto Anaceli Vieira

No Mirante Eveline e eu fizemos a "Flores do Campo", linda via, toda em móvel, onde acabamos fazendo um final diferente do original sem saber, mais pela direita, ficou bonito!! Denn e Brito estavam na cola e acabaram seguindo o mesmo caminho...hehehe

Pra chegar na Flores do Campo é necessário rapelar em um grampo ao lado, que coincidentemente fica no topo de uma linha perfeita, que passa por uma bonita laca. Sendo assim, após subir a Flores, descemos novamente o rapel e subimos pela linha dele, conquistando a Obrigação Conjugal (VI 15m), usamos as peças #4 e #7 da Rock Empire além de dois Nuts grandes até chegar no grampo novamente.
Ainda no Mirante entrei na esportiva "Em busca da sombra perdida", na "Vou apertar, mas não vou acender agora", um V em móvel, passando por uma fenda de punho meio diedro, depois seguindo por uma chaminé e rapelando de duas pontes de pedra equalizadas, muito massa! Finalizamos na Cupim Atômico, que eu diria ser um VI também todo em móvel, com um crux melindroso..hehehe

 Vou apertar, mas não vou acender agora (V)
Fiquei devendo a via Umbizeiro do Dodô, pois era hora de ver a oficina de móvel com o Tartari, muito massa!

 Galera de olho na oficina - Foto Rafael de Igatú

Na Pedra do Moreno deu pra conferir a Água e Olho (7c), curta e delicada, via que estava faltando no setor, a exceção às vias com mega agarras que existem no setor.

 Foto Oficial - Patricia Manzi

Muito bom poder rever o povo todo!

Em breve tem a escaladinha pós encontro, no Pico do Yayu, na Paraíba!


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

III Mulambada - Escalada pra iniciantes!





No fim de semana dos dias 7 e 8 de dezembro vai acontecer a III Mulambada, evento organizado pela ASPER e voltado pra galera que não tem experiência nenhuma no esporte! 
 O local é Brejo da Madre de Deus, cidade com muuuuita escalada a 200km de Recife!
As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas e concorridíssimas! Inscreva-se pelo e-mail no cartaz o mais rápido possível! 
Ah, a Desafio Vertical vai sortear entre os inscritos um curso básico de escalada!

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Divina Liberdade - Pedra Riscada/MG

Lá pro mês de julho passado recebo um e-mail com um croqui e uma mensagem: "vamo lá em setembro?". O croqui esse que está aqui em baixo e a resposta já dá pra saber né...

 Croqui da via, muito bem feito!

Otto e Lu subiram de carro de Curitiba até Minas Gerais fazendo um rolé pelas praias e pedras no caminho, me encontrei com eles em Governador Valadares/MG e de lá seguimos de carro até São José do Divino, onde fica a Pedra Riscada, em busca da Divina Liberdade!

Pra chegar em Governador Valadares eu saí de Recife na quinta-feira (18) de tarde de avião, cheguei em Confins às 21h, daí mais 1h de ônibus até a rodoviária de BH pra poder pegar o último ônibus pra Governador V., às 0h. Cheguei lá e me encontrei com eles às 6h da manhã, quando partimos pros últimos cento e poucos km's até a Riscada.

Chegamos na cidade, tomamos um café da manhã despreocupadamente na padaria e fomos rumo à Pedra Riscada, ainda sem planos definidos de quando começaríamos a escalada, rodamos os 30km de estrada de terra até a base da pedra, foi quando decidimos que era a hora!

 Primeira visão da Pedra Riscada, ainda encoberta, em São José do Divino/MG

A pedra é impressionante! Uma massa enorme de rocha com faces extremamente verticais cheias de canaletas por todas as partes. A aresta amarelada por onde passa a via "Place Of Hapiness" é de cair o queixo! A pedra Filhote, um "pequeno" pontão de 600m grudado ao maciço da Riscada, onde há uma via vertical/negativa com um crux de 9c é de fazer chorar de emoção!

Pedra Riscada, acima a vista da face de trás, ainda encoberta. 
Abaixo a face da Divina Liberdade vista da estrada!

Se realmente era a hora eu não sei, meu relógio já marcava 10h da manhã, mas foi então que começamos a preparar as mochilas: 16 costuras, 01 cordelete de 60m pro rapel, 4 litros d'água,  4 sanduíches duas maçãs, anoraks e headlamps.

Planejávamos subir leves e tentar chegar ao cume com luz, e então rapelar de noite e chegar à base a hora que fosse. Como a Lu não queria correr o risco de ser atacada pela onça, como fomos alertados na padaria, ela nos deixou na pedra e voltou pra cidade. Ficamos com o que iríamos usar pra escalar e mais um "kit bivaque" que deixamos na base da via, pra pernoitarmos após terminarmos a escalada, pois nosso "resgate" só chegaria no dia seguinte pela manhã.

Após uma meia hora de caminhada achamos a base da via e começamos a escalar! Já era 10h40 da manhã, um horário não muito comum em vias de mil metros...O Otto já tava conformado em passar a noite pendurado na cedeirinha. kkkkkk

 Primeira e segunda enfiada

Ele começou na ponta da corda e tocou as três primeiras enfiadas, alcançando o primeiro grande platô. Nesse trecho já deu pra sentir que cristaizinhos fariam parte do nosso dia de escalada, estilo Pedra da Boca total!! Entrei então na enfiada tecnicamente mais difícil da via, um vertical craquento com 3 chapas, graduado em VIIa, quando costurei a segunda me quebra uma agarra de mão pra eu ficar esperto, consegui segurar com a outra mão e vamo que vamo. Ainda na mesma enfiada, já na parte fácil começou a chover!! Eu tava entre um grampo e outro quando em cerca de 10 segundos tudo ficou molhado e escorregadio, fui administrando e escalando lentamente até o próximo grampo, pensamos que ia babar a escalada e torcemos pra que a Lu ainda estivesse lá embaixo, por sorte lá estava ela ainda tirando algumas fotos. Bom, eis que lentamente consegui chegar na parada, puxei o Otto e quando ele chegou já não havia mais chuva e a pedra estava praticamente seca! Continuamos escalando e a Lu se foi, pra voltar somente no dia seguinte.

 Otto no primeiro platô e eu chegando lá.

 P4 pós chuva

Otto já tocou mais três enfiadas na sequência, acho que um dos trechos mais psicos da via, com alguns esticões de VI grau em agarras quebradiças, felizmente a única que quebrou não o fez cair também!
Guiei mais quatro enfiadas, um trecho de caminhada e chegamos na base da P12, onde finalmente paramos pra fazer um lanche e respirar por alguns minutos...

Otto tocou a 12ª enfiada, em seguida passando por um trecho de caminhada até iniciar um linda canaleta por onde passavam mais duas enfiadas e após a canaleta a 15ª enfiada, que termina na árvore onde a via cruza com a "Bodífera Ilha". Nesse trecho a rocha ja é bem mais sólida, ainda passando por cristaizinhos, com trechos polidos, mas a escalada flui melhor, com menos possibilidades de vacas.

 Otto na 12ª enfiada

16ª enfiada

Da P15 toquei até a árvore da P19, com trechos de rocha "mais ou menos" e passando por uma mata onde não deu muito tempo de apreciar a vegetação. Parei na base da última enfiada difícil da via, a canaleta vertical da 20ª enfiada.

 Otto foi na frente e deu graças a Deus por esse trecho estar  molhado durante a conquista da via, o que fez com que o Ed se sentisse mal "por ter de bater mais chapeletas do que as que teriam sido necessárias", imaginando como seria se tivesse seco na empreitada...hahaha

Como se não bastasse a chuva na quarta enfiada, quando o Otto tá no meio da canaleta...chuva de novo! Ele conseguiu terminar e já emendou na última enfiada. Passar naquele trecho molhado, mesmo de segundo foi desagradável, ainda bem que não era minha vez!

 Canaleta da 20ª enfiada

Na última parada da via olhamos no relógio, que marcava 15h50, ficamos felizes em ter terminado e de quebra ter feito em um tempo legal, mas estávamos na metade, ainda tínhamos 21 rapeis pela frente e 2h de luz, começamos a descer rapidamente pra tentar chegar em segurança ao chão.

Foram ao todo 17 rapeis de corda dupla, 03 com uma corda , 1 enfiada e meia fáceis desescaladas e uns 200m de caminhada, até a base. Otto durante a subida colocou fitinhas refletivas nas paradas que estavam sem, o que nos ajudou muito no trecho que rapelamos de noite. A corda só prendeu uma vez, mas felizmente próximo da parada, escalamos rapidamente o trecho pra desprendê-la e continuar a descida. Levamos umas 3h e pouco pra descer, chegando no chão às 19h.

Após jantarmos 100g de macarrão e uma lata de atum pros dois, passamos a noite mais calorenta do ano em Minas Gerais, dormindo nos nossos isolantes na base da via, não batia nenhuma brisa! O cansaço e as dores nas pernas e pés eram tão grandes que dormimos felizes! No dia seguinte granola com chá mate foi o cardápio do café da manhã, o que nos deu forças pra uma caminhadinha até a estrada principal, onde a Lu nos resgatou! Tomamos um banho e nos alimentamos pra pegar a estrada e curtir o próximo destino: Serra do Cipó, mas isso rende outro post.

A escalada foi incrível! Valeu Dilsinho pela parceria, Lu pela paciência, Zé pelos betas, aos conquistadores pela via e à natureza pela Pedra Riscada!!!!

 Cauí e Otto - Pedra Riscada!

Aqui você encontra todas as infos da via! Recomendadíssima, escaladÃO!

 Traçado das vias da mesma face da Divina

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Novidades em Algodão de Jandaíra + Vídeo

Mais um fim de semana prolongado em Algodão. Muita escalada, algumas vias novas e primeiras ascensões...

Na Pedra Furada sairam as primeiras cadenas das vias: Fogo na Babilônia (8b), que antes era 7b (A0), São João Del Rei (7a), que tinha sido iniciada pela via ao lado, agora sai direto do chão, Cumiera (8c), incrível e Calcanhar de Aquiles (7b) aberta pelo Ary e pelo Malloy. Faltou entrar na Tortle Roof (projeto)...

 Fogo na Babilônia (8b)

São João Del Rei (7a)

Cumiera (8c)

Na Pedra do Caboclo escalamos as que estavam pendentes: Mar de Agarras, uma bela via , bem tranquilinha, Ressurreição Alucinante (A1), uma linha em artificial de parafusos e alguns buracos de cliff, bom pra dar um treininho na técnica enferrujada. 
Stênio e Wolgrand e Fabrício estavam na missão das conquistas, além de abrirem uma via nova no Mirante, conquistaram mais uma no Caboclo, "Vai dar rock não, vai dar samba", entrei nela hoje cedinho, muito boa a via, começa em agarras gigantes, características desse setor, depois vai ficando mais vertical e mais lisa, de repente sobram apenas alguns regletes abaoladinhos fora do prumo, com muita atenção passei do crux e continuei pelo positivo com uns buracos abaolados até o cume, 60m de escalada.

Wolgrand na conquista da "Vai dar Rock..."

Águia Chilena (tá mais pra águia nordestina!!!)

Ressurreição Alucinante (A1)

Entrei com a Janine nas 4 vias do primeiro setor da Pedra da Cabeça e ainda conquistamos mais uma. O legal desse setor é que predomina a escalada em móvel com vias charmosas não muito grandes mas com lances negativos de IV a Vi grau: Bichos Escrotos, a única fixa, bem legal, Agora Tem Grampo, começa em um vertical, protegendo com um 0,25 numa fresta horizontal e depois passa uma barriga negativa com boas agarras, na descida observei a linha do rapel, vi algumas possibilidades de proteger e em seguida saiu a Doutor Abobrinha (VI), nova via com um lance bem negativo protegido com um friend #1 e um nut pequeno, além de um #0,5 no início vertical. Deo Bode foi a próxima da direita, saída nervosinha, bem legal, e a última foi a Outubro Rosa, uma canaleta divertida com mega-agarras.

Na Serrinha fiz com o Marcus as quatro vias: Avalanche (móvel), Marcelinos Pelo Mundo (muito massa!!), Vai Tu (vale o frete tb!) e Inominável (a outra...).

 Marcus na Marcelinos

Aqui vai um vídeo da trip anterior, com algumas cadeninhas:

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Itatim Rapidim!

Faz alguns meses que minha namorada me chamou pra ir pra Itatim/BA, não tive dúvidas e marcamos a viagem rápida que rolou faz pouco mais de uma semana: 3 dias em Itatim! Suficientes pra resolver algumas pendências e arrumar outras maiores.

Morro da Toca

Chegamos na sexta de tarde e como estávamos a pé fomos com o Filipe pra Toca, setor mais rápido de chegar, onde escalamos um monte de esportivas bem legais de V a VI+, com nomes de plantas espinhentas até o fim do dia.

 Campo minado pra chegar ao Morro da Toca

Uma das vias com nome de espinho!

No dia seguinte o destino não poderia ser outro: Jararaca! Não preciso mais "apresentar" o setor, que já tá bem "famosinho"! kkkk Fomos com o Filipe, Juan e a Dani, que chegaram na noite anterior. Entrei na pendência que tinha ficado da última vez: a Bruxa (8b), após conquistá-la junto com com o Otto tinha dado um pega e caído batendo na última agarra, dessa vez entrei sacando e mais uma vez me perdi nas diversas opções de agarras para experimentar e caí um lance antes. Mas após um descanso entrei novamente, e como se estivesse escalando outra via, saiu a cadena...nada como saber onde estão as agarras!

Bruxa (8b)

 Bruxa (8b) Foto: Juan Alves

Eveline resolveu a via de "entrada" no Jararaca, Mulambo Atrevido (VIsup) e quando eu vi já tava pendurada na Sine qua non...hehehe

Com o life pela metade entrei equipando a Esmerilator (9a duuro), uma das últimas vias do Jararaca, a via é incrível e eu fui pingando de grampo em grampo pegando os betas e experimentando os movs. Na segunda entrada tava só o bagaço mas fui até o final caindo pra deixar na memória pra próxima visita!

 Oia nós aí!!! Óiao Jararaca alí!!

No outro dia fomos para o Talhado, com o pessoal de Ibicoara que estava na área também. Setor novo de vias esportivas, entramos na Granito Fashion (7a), na CG Atômica (8a) e saiu a primeira cadena da Menina Veneno (8b?), ótimas vias levemente negativas de agarras abaoladas e de continuidade, muito boa também. Ainda demos uma passadinha na Toca e fizemos mais um voluminho antes de correr pra Salvador pra não perder o avião!

Morro do Enxadão! Dessa vez não deu tempo...


 Morro do Talhado

 Só o caminho pra chegar nas vias

 CG Atômica (8a)

 Eveline em mais uma "espinhenta" na Toca

Poucas fotos, alguns vídeos na fila da edição, até a próxima!

domingo, 18 de agosto de 2013

Vídeo: Clipe - Algodão de Jandaíra/PB

Nessa última ida à Algodão deu pra  fazer algumas imagens, não pegamos tudo mas deu pra editar esse clipe que já dá pra ter uma ideia das vias do local!
Amanhã tem vídeo de três "primeiras ascensões" !!

Trip Algodão de Jandaíra/PB from Cauí Cunha on Vimeo.

sábado, 17 de agosto de 2013

Algodão de Jandaíra/PB - Qualidade!

Faz pouco mais de uma semana que estive novamente em Algodão de Jandaíra/PB, pico onde será realizado o XII Encontro de Escaladores do Nordeste em novembro desse ano. Após escalar, abrir algumas vias e conhecer setores novos, a primeira impressão permanece: quanta rocha boa!!!

Sexta-feira cedinho peguei um ônibus pra João Pessoa com 30 grampos e umas 10 chapas na mochila, lá fui resgatado na rodoviária pelo Stenio e pelo Wolgrand, e então tocamos direto pra Algodão, pouco menos de 200km, passando por Campina Grande.

Paramos o carro a impressionantes 50m da base da Pedra Furada, na sombra! Da última vez tínhamos escalado as vias em móvel que existem por lá, dessa vez já vimos que tinham algumas novidades...Entrei na Fogo na Babilônia (7b) e bati os 3 grampos que estavam faltando, na descida, equipei uma via incrível ao lado: Cumiera (8c?), são cerca de 20m de escalada intensa, crux em regletes finíssimos, movimentos longos, buracos, abaolados...levemente negativo. Em uma entrada deu pra isolar os movimentos, mas a cadena ficou pra próxima.

 Terminando a Fogo na Babilônia (7b)

 Cumiera (projeto)

No sábado fomos novamente pra Furada, Fabrício e Bruno de Campina chegaram pra dar uma escalada também, escalei com o Stenio a Alívio Imediato (7a) e na descida vi uma linha em móvel saindo do chão e terminando na mesma parada da Alívio, ótima opção de conquista pra quem tem preguiça de bater grampos! Peguei as pecinhas e comecei a brincadeira, o início não tinha opção de proteção e o lance era meio liseba, acabei recorrendo aos grampos de uma via inacabada ao lado, costurei três deles e entrei na fenda, daí são mais uns 15m (chute) em móvel até o penúltimo grampo da Alívio, e de lá pra mesma parada. O Stenio subiu na sequência e nasceu assim a São João Del Rei (Vsup), levando os camalots #000 ao #2 e alguns nuts dá pra proteger legal.

 
 São João Del Rei (5sup)

Entramos depois na Traste do Cariri e na Ilusão de Ótica, dois quintos bonitos, um fixo e outro móvel. Enquanto isso o Wolagrand bateu as últimas chapas que estavam faltando na via Cucuruto (8a), entrei na sequência e fui pelo lado errado no crux, encadenando no segundo pega mais uma via 5 estrelas de Algodão!

 Traste do Cariri (V)

Resolvemos então gastar umas chapas no negativo que dá nome ao setor! A briga foi grande pra ver quem ia pegar a ponta da corda, Wolgrand foi mais persistente e começou a peleja conquistando. Bateu duas chapas e ficou entrevado, passando a bola furadeira pra mim, continuei até a última chapa, surpreendido com as agarras que eram relativamente boas, lá o bicho pegou um pouco...desci entrevado também, dei a volta e bati a parada por cima..hehehe. Na sequência Stênio deu um pega e eu entrei também pra provar, saída esticadinha pra um agarrão, se ajeita, sobe a mão esquerda, mira em uma agarra que não dá pra ver e poW, voa perdendo os pés e torcendo pra dar o tapa no lugar certo. depois uma sequência mais de boa até o crux: o último lance da via, um mov longo em agarras ruins...não consegui isolar mas é altamente factível!! Tortle Roof (9a?).

 Conquistando a Tortle Roof (projeto)

Domingão acordamos cedinho, num frio inacreditável (de noite faz frio e de dia, na sombra, a temperatura fica muito agradável pra escalar) e fomos pra Cabeça. Wolgrand terminou a Cão e Gato (7a) e eu entrei na sequência, a via começa com alguns regletes, passa por um crux de gaston e pega uma sequência linda de buracos e movs longos, pé alto...show! 

 
 Pedra da Cabeça

Chegou então a dupRa de escaladoras de Natal: Eveline e Janaína, que já foram provar a Via Láctea (5sup), logo ao lado. Denn e Ary vieram com elas e estavam na Furada abrindo mais uma via: Calcanhar de Aquiles (7b).

Eveline na Via Láctea (Vsup)
 Janaína na Via Láctea (Vsup)

Na descida, pra não perder o costume, equipei uma via ao lado, passando por uns buracões no meio da pedra: Goretex. Achamos que ia ficar mais difícil, mas acabou saindo um bonito 7b.

 Goretex (7b)

No mesmo setor, existe um corredor com uns blocos gigantes entalados entre as duas paredes, nesse corredor, chamado de Split existem algumas vias de III a VI grau  muito legais, escalamos todas, destaque para a Fialmente (5sup) e Agora Vai (V), as duas últimas do lado negativo. Conquistei também uma via Pra Você (III) com algumas fitas em bicos de pedra e usando a parada da via do meio.

 Entrada Franca (Vsup)

Segunda fui conhecer o setor do Mirante, onde haviam cinco vias, sendo três em móvel. Repetimos as duas fixas: A Monstros e Vermes, um 6sup duro, mais de 30m de vertical com regletes clássicos e a Entre Amigos (6sup), que começa com uma viradinha do negativo pro vertical e depois pega na continuidade com agarras variadas. Entrei também na Se Segura Malandro, um diedrinho bonito conquistado pela Mariana Candeia e pelo Wolgrand. Fiquei devendo as outras duas vias em móvel. 
Mas pra não passar em branco, abrimos mais duas vias: Só uma Cutucadinha (5sup) e Tudo de Mais é Exagero (5sup), ambas em móvel com apenas um grampo no final. Stênio tocou a primeira, que começa por um diedroe depois segue reto com várias possibilidades de proteção em buracos, fendas horizontais, etc...
A segunda via foi por minha conta, uma canaletona sem possibilidade de proteção, costura um grampo e toca em móvel até a parada, também protegendo nos buracos pelo caminho. 

 Descendo da Monstros e Vermes e limpando a via ao lado...
pena que os grampos tinham acabado!!

 Stenio na Entre Amigos (6sup)

 Se Segura Malandro! (Vsup)
 
Terminamos assim nosso estoque de grampos e voltamos pra casa com a mochila mais leve e com mais dez vias pra anotar no guia! Que venha o EENE!! Mais infos do evento: http://www.eene.com.br

A qualidade da rocha de Algodão é uma das melhores do Nordeste, sem dúvida, e existem muitas possibilidades de abertura de novas vias! Além é claro das que já estão surgido, uma melhor que a outra! Se vale a pena? Ô!!

Valeu Stenio e Wolgrand pelo convite! Eveline pela surpresa e a galera toda pela vibe!! Em breve sai um video básico da trip!!

Stênio, Denn, Jana, Eve, Yo, Ary. Foto: Wolgrand

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